A crescente demanda por minerais metálicos e não metálicos no contexto da globalização tem levado ao abandono de áreas degradadas pela exploração mineral, sem qualquer ação de recuperação. Este estudo teve como objetivo analisar a literatura sobre a exploração de recursos minerais e investigar a importância da recuperação dessas áreas após a extração. A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão sistemática, abrangendo abordagens quantitativas e qualitativas, com foco na ocorrência global desse tipo de exploração.
Na Ásia, países como China (carvão para energia) e Indonésia (areia e cascalho para construção) intensificam a exploração mineral, causando impactos ambientais como perda de fertilidade do solo por drenagem ácida de minas (AMD). Na África, a extração artesanal de ouro gera contaminação por mercúrio em corpos d’água. Na Europa, na Polônia, a exploração de ferro e carvão marrom provoca degradação química significativa. Na América do Sul, a exploração de lítio no Deserto do Atacama, ouro artesanal, bauxita, argila, areia, ágata e ferro resulta em áreas abandonadas, sem qualquer plano de recuperação, levando à perda da flora e fauna endêmicas.
Os resultados evidenciam que o avanço econômico e tecnológico nem sempre é acompanhado pela preservação dos ecossistemas naturais, sendo que a importância da recuperação de áreas degradadas ainda é subestimada ou tratada de forma incipiente. O estudo reforça a necessidade de políticas e práticas efetivas para restaurar ambientes impactados pela mineração, garantindo a sustentabilidade ambiental e a conservação da biodiversidade.
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